A vereadora Luna Zarattini, nova líder do PT na Câmara Municipal de São Paulo, propôs nesta quinta-feira (30) a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as razões, segundo ela, de um aumento repentino nas contas de água na cidade.
A parlamentar afirma que recebeu “centenas de relatos” de moradores de diferentes regiões da cidade e alega que a privatização da Sabesp “pede um olhar cuidadoso da Casa”, por ter sido feita “de forma acelerada, com pouca concorrência, por um preço questionável e que, ainda, tem trazido prejuízos à população”.
Ela ainda precisa conseguir a assinatura de 19 dos 55 vereadores para protocolar a CPI.
Segundo o requerimento, um dos objetivos da comissão seria examinar o processo de privatização da estatal pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em julho de 2024, apurando se houve favorecimento irregular à empresa Equatorial, única interessada, ou prejuízo aos cofres públicos.
A vereadora propõe ainda apurar o acordo de pagamento de precatórios (dívidas) por parte da prefeitura de Ricardo Nunes (MDB) à Sabesp, ocorrido dias após a sua privatização, para verificar se o pacto atende ao interesse público ou beneficia apenas os acionistas da companhia.
Zarattini também lista problemas no fornecimento divulgados pela imprensa nos últimos meses, como gosto ruim, falta de água, o anúncio de corte da tarifa social a quem não estivesse no CadÚnico —depois revogado pela empresa— e os casos de gastroenterite na Baixada Santista.
Outro lado
Em nota, a Sabesp diz que não procede a informação de que houve aumento na tarifa de água.
“Pelo contrário, com a desestatização da companhia, houve redução no valor da conta. As tarifas de água e esgoto foram reduzidas em 1% na tarifa residencial, 10% na tarifa social e vulnerável e 0,5% nas demais tarifas, conforme previsto em contrato.”
A empresa acrescenta que houve aumento de 27% no número de pessoas beneficiadas pela tarifa social, contemplando 1,2 milhão de cidadãos.
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