As centrais sindicais divulgaram nesta quarta-feira (29) uma nota em que defendem a fundação de direito privado de apoio ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a IBGE+, e na qual afirmam que os ataques sofridos pelo presidente do órgão, Marcio Pochmann, são uma crise fabricada.
A nota é assinada pela Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Mais cedo, o Ministério do Planejamento anunciou a suspensão da fundação, pivô de crise entre Pochmann e servidores do IBGE.
Os sindicatos manifestam, no documento, apoio a Pochmann diante do que avaliam ser ataques especulativos “alimentados por uma crise fabricada que nada tem a ver com a credibilidade e a autoridade estatística do IBGE, patrimônio nacional e do povo brasileiro.”
As centrais defendem a trajetória profissional do presidente do IBGE e dizem repudiar veementemente “as tentativas de desestabilização de sua gestão, que sofrem ataques desde o momento de sua nomeação.”
“Somos favoráveis ao diálogo e à construção de soluções que envolvam os servidores, o sindicato e a direção do IBGE, inclusive nos colocando à disposição para contribuir na mediação”, afirmam. “No entanto, jamais compactuaremos com a instrumentalização das legítimas lutas dos trabalhadores e servidores para promover ataques a uma das principais lideranças intelectuais do nosso país.”
Os sindicatos dizem ainda discordar de que a fundação abriria caminho para a privatização do IBGE. “Se essa fosse a intenção, os setores que tentam descredibilizar Marcio Pochmann certamente não estariam aliados a essa narrativa”, afirmam.
“Pelo contrário, entendemos que a atual gestão busca fortalecer o IBGE, criando fontes independentes de sustentação financeira e modernizando suas operações, para que o instituto continue a ser um orgulho nacional e não seja desmontado por governos alheios aos interesses do povo brasileiro.”
Por fim, as centrais afirmam que não são iniciativas como a IBGE+ que representam ameaças ao serviço público. “O verdadeiro risco é a atrofia do Estado, que abre caminho para o avanço do neoliberalismo e o desmonte de nossas instituições.”
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