A vida do governo no Senado vai ficar mais dura com a possível eleição de Davi Alcolumbre (União-AP), diz o líder do União Brasil na Casa, senador Efraim Filho (PB), que avalia que o amapaense vai fortalecer a posição do Congresso, se contrapondo a uma gestão mais conciliadora de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“O Pacheco, muitas vezes, abria mão de um enfrentamento em nome de uma saída mais conciliatória”, diz. “Com a Câmara, por exemplo, os senadores questionaram um pouco os procedimentos, como na mudança do regimento da Câmara [que priorizou projetos da Casa em detrimento dos textos do Senado]”, disse.
Para o senador, Alcolumbre vai buscar um equilíbrio com a Câmara, que tem como principal candidato à Presidência o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB). A postura também representará uma diferença em relação ao relacionamento entre Arthur Lira (PP-AL) e Pacheco, marcado por atritos públicos ao longo dos quatro anos em que que ambos presidiram as duas Casas.
“Você teve temas que foram votados pelo Senado e engavetados pela Câmara e vice-versa”, lembra. “[Com Alcolumbre], é a possibilidade de você ter um diálogo maior entre as Casas e tornar o Congresso mais forte. Há, hoje, um sentimento de que governo e Supremo jogam juntos. Quando você enfrenta nesses dois e ainda com divisão interna, deixa o Congresso muito recuado”, ressalta.
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