Brasília assistiu nos últimos dias a uma “guerra de bonés”. Integrantes do governo Lula (PT) e da oposição passaram a usar acessórios customizados para mandar mensagens, a exemplo do que faz o presidente americano, Donald Trump —o boné vermelho com os dizeres “make America great again” ou só MAGA se consolidou entre apoiadores dele.
No Brasil, o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vestiu o boné trumpista no dia da posse do republicano. Depois, peças customizadas começaram a aparecer. Ministros e aliados do Planalto vestiram um modelo azul que dizia “o Brasil é dos brasileiros”. Segundo o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), a frase é uma criação de Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social). O próprio presidente depois usou o acessório.
Deputados bolsonaristas responderam com um boné verde e amarelo, com a frase “Comida barata novamente – Bolsonaro 2026”. A estratégia de emplacar um boné como marca política já tinha a campanha de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo como representante, inspirado no autocrata de El Salvador, Nayib Bukele.
A moda extrapola a política, e demandas crescentes de customização para produtores nacionais apontam para uma tendência.
O Café da Manhã desta segunda-feira (10) fala dos bonés como meio para transmitir mensagens, dentro e fora da política. O jornalista Vitor Tavares, repórter da BBC News Brasil e autor de uma reportagem sobre o tema, trata da moda de personalizar e customizar bonés, da história do acessório e do uso dele em estratégias de marketing.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz e Laura Lewer. A edição de som é de Raphael Concli.