O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), reforçou o discurso de união nesta terça-feira (11) e defendeu, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o Congresso deixe as divergências políticas de lado em prol do país.
Repetindo o gesto feito ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Haddad se encontrou nesta terça com Alcolumbre e senadores de diferentes partidos políticos. Os ministros Simone Tebet (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) também participaram.
“Esse é apenas o primeiro [encontro] de muitos que teremos para começarmos a conversar e a dialogar sobre o futuro do Brasil sem aspecto ideológico, político ou partidário”, disse Alcolumbre, pregando convergência “em favor do Brasil e dos brasileiros”.
Na semana passada, após o encontro com Motta, o ministro da Fazenda afirmou que 15 das 25 propostas dependem do Legislativo. Durante a conversa desta terça, senadores sugeriram reduzir a lista para cerca de 10 e incorporar projetos dos próprios parlamentares.
Integram a pauta do governo a reforma tributária da renda, com a isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) para quem ganha até R$ 5.000 combinada com a tributação sobre milionários, o projeto do devedor contumaz e a Lei das Falências.
A isenção do IRPF para ganhos de até R$ 5.000 foi anunciada no ano passado junto com o pacote de contenção de gastos, mas o projeto de lei ainda não foi encaminhado ao Congresso.
Haddad disse que não só o mérito das propostas é importante, mas também o ritmo de aprovação. O ministro também afirmou que “outras propostas virão” —sem entrar em detalhes sobre nenhuma pauta específica.
“Já adiantei que o presidente Lula já tem um conjunto de medidas, ou estão na Fazenda, ou estão na Casa Civil, mas já estão em tramitação interna no governo e que vão complementar aquelas 25 iniciativas importantes”, declarou após o encontro.
Questionado sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar as tarifas sobre as importações de aço e alumínio para 25%, o ministro se limitou a dizer que o assunto não foi tratado no encontro.
Segundo a ministra do Planejamento, os senadores também não falaram sobre o Orçamento de 2025. Integrantes do governo trabalham para votar o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) neste mês, mas parlamentares afirmam, sob reserva, que a votação só deve ocorrer após o carnaval.
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