A decisão do ministro Alexandre de Moraes de manter o julgamento contra Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) contrariou magistrados que não integram o colegiado e querem que o caso seja levado ao plenário para ser julgado pelos 11 integrantes da corte. Mas, por outro lado, contou com o apoio de integrantes da corte que, mesmo fora da Turma e excluídos do debate, acreditam que a decisão é a mais apropriada.
CONTA DE DIVIDIR
Um magistrado afirmou à coluna que o fato de o julgamento envolver apenas os cinco ministros da Primeira Turma preserva os demais seis de um desgaste que se prevê gigantesco com a base do bolsonarismo.
CONTA 2
Com isso, o STF não explodiria praticamente todas as pontes de diálogo com parlamentares e lideranças de direita ligadas ao ex-presidente, e também com seus familiares.
CONTA 3
O STF vem sofrendo pressão cada vez maior de deputados e senadores que apoiam o ex-presidente, e a perspectiva é a de que, depois da eleição de 2026, a bancada de direita intensifique ainda mais os ataques.
CONTA 4
Os ministros que não participarem do debate devem também se ver livres dos já esperados ataques em redes sociais, que devem se concentrar nos que efetivamente vão julgar o ex-presidente.
CONTA 5
Uma outra vantagem apontada pelo mesmo magistrado é a de que, na Primeira Turma, onde terá participação de número reduzido de magistrados, o julgamento será mais célere do que se fosse levado ao plenário.
CONTA 6
Os ministros que são contrários ao julgamento na Turma e que defendem que ele seja feito no plenário argumentam que um caso de tal magnitude deveria ser julgado pela totalidade dos integrantes da corte.
CONTA 7
Afirmam ainda que Bolsonaro não poderia ter tratamento diferente dos réus de 8/1 que foram julgados no colegiado completo.
TRIBUTO
O artista Tadeu Jungle, homenageado na exposição “Tudo Pode (Perder-se)”, e o curador da mostra, Daniel Rangel, receberam convidados para a abertura da exibição no Centro Cultural Fiesp, na terça (18). O ator Carlos Alberto Riccelli e sua mulher, a atriz e escritora Bruna Lombardi, passaram por lá. O presidente do Instituto Tomie Ohtake, Ricardo Ohtake, e o diretor do Masp Fabio Magalhães marcaram presença.
com KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH
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