O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tirou nesta quinta-feira (20) o sigilo dos vídeos dos depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid —na quarta (19), a íntegra em texto já tinha vindo à tona. As falas foram um dos pilares da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro (PL) e auxiliares pela trama golpista.
Pontos da delação já eram conhecidos, como os relatos de Cid de que o general Walter Braga Netto entregou dinheiro em uma caixa de vinho para organizar ações golpistas, de que Bolsonaro tinha o hábito de mandar fake news e pediu para monitorar Moraes. Mas os vídeos revelam detalhes do que Cid contou e a dinâmica dos depoimentos.
As afirmações do ex-ajudante de ordens devem embasar novas denúncias contra o ex-presidente em casos nos quais ele já foi indiciado. Em um evento do PL, o ex-presidente falou pela primeira vez depois da denúncia da PGR. Ele disse que não houve tentativa de golpe e tripudiou da possibilidade de ser preso.
O Café da Manhã desta sexta-feira (21) mostra como a delação de Mauro Cid implicou Jair Bolsonaro em diferentes investigações. O repórter da Folha em Brasília Cézar Feitoza, em entrevista entremeada por trechos dos depoimentos do ex-ajudante de ordens, conta o que a divulgação deles trouxe de novo, o peso que eles tiveram para a denúncia da trama golpista e como repercutiram no entorno do ex-presidente.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelo jornalista Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer, Lucas Monteiro e Raphael Concli. A edição de som é de Thomé Granemann.