Nomeada nesta sexta-feira (28) para a SRI (Secretaria das Relações Institucionais), ministério de articulação política do governo Lula (PT), a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann celebrou a escolha do presidente e disse que vai seguir dialogando democraticamente com os partidos.
Gleisi era cotada para o cargo desde que este ficou vago com o remanejamento de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde, após a demissão de Nísia Trindade. As mudanças fazem parte da reforma ministerial em andamento comandada por Lula.
“Sempre entendi que o exercício da política é o caminho para avançarmos no desenvolvimento do país e melhorar a vida do nosso povo”, disse em postagem no X (antigo Twitter).
Na publicação, ela relembra suas passagens pelo Congresso Nacional e parabeniza Padilha, seu antecessor, pelo trabalho exercido até o momento do governo.
“É com este sentido que seguirei dialogando democraticamente com os partidos, governantes e lideranças políticas, como fiz nas posições que ocupei no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, na Casa Civil, na Diretoria de Itaipu e, atualmente, na presidência do PT. É dessa forma que espero corresponder à confiança do presidente, em uma construção conjunta com os partidos aliados, o Congresso Nacional e demais instituições.”
Minutos antes dela, o presidente Lula também registrou a nova adição ao governo em suas redes, afirmando que Gleisi chega ao ministério “para somar”.
A pasta é responsável pela articulação política do governo. Gleisi, atual presidente nacional do PT, assume o cargo no lugar de Alexandre Padilha, que foi remanejado para o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade. A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março, uma segunda-feira.
Agora com Gleisi, o governo conta com 10 mulheres, em meio às 38 pastas existentes.
Segundo interlocutores, o presidente vinha se queixando de falta de disputa política na relação com o Congresso Nacional. Nas conversas sobre a sucessão na pasta, Lula disse que deve a Gleisi a oportunidade para mostrar sua capacidade de articulação.
Lula afirmou ainda que a opção por ela no ministério seria um reconhecimento ao seu trabalho no comando do PT, onde está desde 2017. A SRI é responsável pela relação do Executivo com o Legislativo.
Ele também ressaltou o bom relacionamento de Gleisi com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Antes de anunciá-la oficialmente, Lula deu sinais mais enfáticos de que a nomearia, segundo interlocutores, como quando a convidou para a viagem desta sexta-feira (28) ao Uruguai e ao afirmar que precisa de mais agressividade na política.
Também, ao discursar na festa de aniversário do PT, no final de semana passado, Lula defendeu a habilidade de negociação de Gleisi como uma prova de que ela não é estreita politicamente.
A nomeação de Gleisi também foi comemorada nas redes do vice-presidente, Geraldo Alckmin, qua classificou a nova ministra como “companheira da melhor qualidade”.
“Decisão acertada do presidente @LulaOficial. E ao colega de juramento de Hipócrates, ministro @padilhando, boa sorte na missão de cuidar da saúde dos brasileiros! Contem conosco!”, escreveu Alckmin em referência a Alexandre Padilha. Ambos são médicos por formação.