O deputado federal Afonso Afonso Motta (PDT-RS) negou na tarde desta quinta-feira (13) qualquer envolvimento no caso de desvio de emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery, no município de Santa Cruz do Sul, que foi alvo de operação da Polícia Federal.
O parlamentar ainda sinalizou que pode exonerar o assessor de seu gabinete, que estaria envolvido no caso, segundo a investigação da PF.
“Em momento algum, claro que por enquanto nós não tivemos a oportunidade de fazer uma avaliação completa, mas em momento algum eu apareço como investigado. Mas claro que isso não diminui a nossa preocupação com a circunstância, com o nosso trabalho, com a forma de proceder que sempre tivemos”, afirmou
As declarações foram dadas após o deputado se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Afonso Motta.
O deputado ainda acrescentou que todo o processo de destinação de emendas para o hospital em Santa Cruz do Sul foram feitos dentro dos ritos da Casa legislativa
“Isso posso garantir de forma absoluta, independentemente da investigação que está sendo feita, que todos os procedimentos com relação a essas três emendas que são objeto da investigação foram adotados de forma conveniente e de forma a seguir os rituais das emendas parlamentares da Câmara”, afirmou.
Nesta quinta-feira (13), a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para investigar o possível desvio de emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery, no município de Santa Cruz do Sul.
A ação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), no último dia 4 e mirou emendas do deputado Afonso Motta (PDT-RS) e a suposta participação de seu secretário parlamentar Lino Rogerio no esquema. A assessoria do deputado afirmou que ainda não teve acesso aos autos e, por isso, não sabe do que se trata a investigação.
Os investigadores afirmam que encontraram notas fiscais que demonstraram que foram pagas comissões a uma empresa de intermediação de negócios para a captação de emendas ao hospital.
De acordo com a apuração, foram identificados três pagamentos pelo hospital por esses serviços que totalizam R$ 509,4 mil. Também foi verificado que 6% dos valores eram repassados a um articulador, e outra parte era dividida entre funcionários do hospital e o secretário parlamentar.
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