A taxa de rotatividade de professores em escolas municipais de São Paulo localizadas em regiões mais pobres caiu até 26% após a prefeitura começar a pagar gratificação por local de trabalho, mostra pesquisa do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) encomendada pela Secretaria Municipal de Educação.
A gratificação, que pode chegar a R$ 1.500, foi criada pela prefeitura em agosto de 2022.
O levantamento do BID analisou o período antes e após a implementação do bônus para medir o número de pedidos de transferências das unidades que tinham a gratificação. Segundo o estudo, após a criação do adicional, os professores passaram a dar preferências às escolas mais distantes e vulneráveis, com um aumento médio de cinco professores por escola.
Atualmente, há 530 escolas abrangidas pela gratificação, que pode representar um aumento de 5% a 25% do salário dos professores que atuam nessas unidades com mais rotatividade.
“Os resultados da pesquisa demonstram que incentivos financeiros são eficazes para reter professores em áreas vulneráveis”, afirma Gregory Elacqua, especialista em educação do BID e um dos autores do estudo.
O secretário municipal de Educação, Fernando Padula, afirma que a avaliação da política pública indica que “estamos no caminho certo.”
“Garantir que esses professores continuem nessas unidades mais vulneráveis é fundamental para garantir a todos os estudantes o direito à aprendizagem, sempre considerando as particularidades de cada região e território”, diz.
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