O presidente Lula (PT) foi informado ainda na noite desta terça-feira (18) sobre a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pela trama golpista, quando estava em uma recepção oficial no Palácio do Itamaraty.
Lula participava de um jantar em homenagem ao presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, que está em viagem oficial ao Brasil.
O ministro José Mucio (Defesa) se dirigiu à mesa em que estavam os chefes de Estado e conversa com Lula. Informou ao mandatário quantos militares estão denunciados, ao que o presidente pediu a relação de todos os nomes.
Na sequência, o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, também foi à mesa do presidente e mostrou a Lula uma notícia sobre a denúncia no celular. O ministro deixou o jantar em seguida.
O ministro da Defesa já havia alertado o presidente Lula de que a denúncia deveria ser divulgada nesta terça-feira (18). “Já estávamos esperando a denúncia. Evidentemente há um constrangimento, mas o bom é que isso acabe”, disse Mucio.
Momentos mais cedo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o ex–presidente Jair Bolsonaro sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado, após perder as eleições de 2022, para impedir a posse do petista.
Bolsonaro foi acusado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de praticar os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa. Somadas, as penas máximas chegam a 43 anos de prisão, sem contar os agravantes.
Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas, entre eles o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de 2022 e, atualmente, está preso preventivamente.
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