Apesar da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um acampamento do MST na última sexta-feira (7), em Minas Gerais, o movimento pretende manter a pressão sobre o governo.
Segundo integrantes ligados à direção entidade, o MST considera a visita de Lula uma sinalização importante, mas mantém a insatisfação com o que considera lentidão no processo de reforma agrária
Pelas contas do movimento, das cerca de 12 mil famílias que serão assentadas neste ano, conforme anúncio feito por Lula no evento, apenas 4.800 são ligadas ao MST.
O movimento cobra o assentamento de 65 mil famílias ligadas a ele, e 140 mil famílias no total.
Uma preocupação externada por dirigentes do MST é com o orçamento para a obtenção de terras pelo Incra.
Segundo o movimento, não houve suplementação dos R$ 350 milhões previstos para 2025. Com esse recurso, não seria possível desapropriar as cinco áreas prometidas por Lula.
O MST considera ainda que os anúncios demoraram mais de dois anos e que não foram apresentadas novas perspectivas até o final do governo, especialmente em relação ao orçamento.
O movimento vive uma relação tensa com o governo Lula desde o início da gestão do petista. A visita do presidente, que vinha sendo planejada havia meses, foi vista como um gesto de reaproximação.
No evento, Lula disse que “todo mundo sabe que tem um lado”, e que é amigo do MST..
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