A recente eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Câmara e do Senado marcou a manutenção do centrão no comando do Congresso. Além dos dois, representantes do grupo vão ocupar cargos-chave nas mesas diretoras das Casas.
Pouco depois da vitória aliados já discutiam cenários para a reforma ministerial pretendida pelo governo Lula (PT), com um choque no desenho da gestão, e de retomada do controle sobre as emendas parlamentares —tema que se confunde com a consolidação do centrão e com o aumento do poder do Legislativo sobre o Orçamento público.
As pautas podem manter as desconfianças que têm gerado atritos entre os Poderes, ainda que tanto Lula quanto Luís Roberto Barroso (Supremo Tribunal Federal) tenham feito acenos a Motta e Alcolumbre. E indicam a possibilidade de divisões no amplo amálgama do centrão, com o PSD de Gilberto Kassab puxando os estremecimentos com vistas a 2026.
O Café da Manhã desta quarta-feira (5) fala do momento atual do centrão, já de olho em 2026. A cientista política Daniela Costanzo, pesquisadora no Cebrap e pesquisadora visitante da Sciences Po, em Paris, discute como a estratégia do grupo mexe no jogo político, que mudanças o bloco viveu nos últimos anos e o que dá para esperar do centrão nas próximas eleições.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz, Lucas Monteiro e Raphael Concli. A edição de som é de Thomé Granemann.